Visando qualificar, orientar e organizar agricultores a Emater de Picada Café, com apoio das Secretarias Municipais de Educação e Agricultura, organizou na última sexta-feira, 13, na Câmara de Vereadores, uma palestra sobre a compra de alimentação escolar, especialmente o que trata a Lei nº 11.947 e a resolução do FNDE - Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação nº 38, que obriga a compra direta da Agricultura Familiar e do Empreendedor Familiar Rural de, pelo menos, 30% do valor de recursos repassados pelo Governo Federal. O público alvo desse encontro foram os agricultores em potencial para fornecer para o programa de alimentação escolar. O secretário de Educação Marcelo Marin participou da abertura. "Queremos que tenhamos uma participação cada vez maior da nossa própria produção agrícola na merenda de nossas crianças. Valorizamos aquilo que é nosso ao mesmo tempo que temos a garantia de uma alimentação saudável nas escolas", frisou. Em 2015 estão previstos R$ 100 mil de aquisição de alimentos da agricultura familiar de Picada Café para serem usados nas cozinhas das escolas.        
      Em Picada Café a intersetorialidade é um destaque no programa, pois há envolvimento e participação da sociedade civil, através do CAE - Conselho Alimentação Escolar, que analisa e supervisiona a aplicação dos recursos destinados à alimentação escolar, se comunica com fornecedores, responsáveis pelas escolas e escolares nas questões referentes a qualidade da mesma, formas de armazenamento e preparo, aceitabilidade, entre outros. A Secretaria de Saúde se envolve com o acompanhamento físico e nutricional das crianças e em ações de controle de obesidade, por exemplo. A Secretaria da Educação, através de sua nutricionista, elabora e acompanha o cumprimento do cardápio conforme as necessidades alimentares dos escolares nas diversas faixas etárias. Aos agricultores familiares cabe a produção e distribuição dos produtos. Para a Emater, segundo o Engenheiro Agrônomo Rafael Hoss, cabe articular as ações que permitem a execução do programa, ou seja, desde orientações de como cultivar os alimentos, auxílio na organização através de grupos formais e informais e elaboração de projetos de venda.
     Além de ofertar na alimentação escolar produtos de maior qualidade, valorizar a produção local e gerar renda, o PNAE, segundo a Extensionista Rural Social Elisete Benke, desempenha um papel social muito importante pois incentiva a permanência do homem no campo, especialmente os jovens que buscam nos mercados institucionais uma garantia de comercialização de seus produtos e como consequência um aumento da renda familiar.