16 de junho de 2015, rodada 8 do Campeonato Brasileiro. Há quase três meses, o Internacional venceu o Atlético-MG, chegou a 18 pontos e alcançou a liderança da competição. De lá para cá, 14 jogos, nove derrotas, cinco empates e a chegada da zona de rebaixamento.
     Uma das preocupações do torcedor vem do fato de que, na história do Nacional, nenhuma equipe que ficou tanto tempo sem ganhar partidas conseguiu ficar na elite do futebol.
     Para se salvar, o Inter terá que, antes de tudo, voltar a vencer.
     O jogo, que está marcado para 21h (de Brasília), será a reedição de uma das vitórias coloradas no Campeonato. Na 4ª rodada, ainda com Argel Fucks no comando, o Inter foi até Santos e venceu por 1 a 0.
     Porém, se repetir o que fez contra esses 16 adversários que tem pela frente, a permanência do clube gaúcho na primeira divisão é muito improvável.
     No 1º turno, foram quatro vitórias - contra Santos, Atlético-PR, América-MG e Atlético-MG -, três empates e nove derrotas. No total, o Internacional fez apenas 15 pontos nas 16 partidas de 'ida'. Se o mesmo acontecer agora, com o time na 17ª posição, os gaúchos terminarão o Brasileiro com 39 pontos, quantidade que nunca foi suficiente na era dos pontos corridos - o Palmeiras foi o que chegou mais perto, foi 16º com 40 pontos em 2014.
      E o Inter ainda terá de enfrentar um outro problema. Das quatro vitórias que conseguiu nas 16 rodadas finais do primeiro turno, três foram fora de casa - apenas o duelo com o Santos foi no Rio Grande do Sul. Ou seja, a maioria dos confrontos que deram os resultados positivos ao Inter serão repetidos longe do Beira-Rio.
     Desde o início do Campeonato, em 1971, o Inter nunca esteve perto de cair para a segunda divisão. A pior posição do clube foi em 1977, quando terminou em 25º entre os 62 participantes da época. Com Celso Roth, que esteve do outro lado ao vencer a Libertadores em 2010, o time gaúcho espera não entrar para a história de forma tão negativa.