Venâncio Aires registrou 61 casos de sífilis neste ano

Doença pode ser transmitida pelo contato sexual oral, por sangue contaminado e de gestantes para o feto


Venâncio Aires - 26/10/2016
Créditos: Foto/Divulgação
     A sífilis é uma doença que pode ser transmitida pelo contato sexual oral, pelo sangue contaminado e da gestante para o feto. Além de infecciosa, é considerada grave e produz lesões na área genital que podem se alastrar para várias partes do organismo. Na Capital Nacional do Chimarrão, de janeiro até setembro, a Secretaria de Saúde registrou 61 casos de sífilis. Os números são motivo de alerta, já que durante todo o ano passado houve 85 registros.
     Em todo o país, a incidência da doença chegou a ser classificada como uma epidemia por autoridades médicas. Neste ano, em Venâncio Aires, foram 45 casos de sífilis não especificada, 14 em gestantes e dois casos de sífilis congênita. Já em 2015 houve 62 registros da sífilis não especificada, 22 notificações que envolveram gestantes e apenas um caso de sífilis congênita.
     De acordo com a técnica em enfermagem da Vigilância Epidemiológica de Venâncio, Cristiane Ferreira, a sífilis existe há muito tempo, mas apenas a partir de 2014 que os casos passaram a ser notificados. Cristiane acredita que o município tenha um número maior de notificações, mas muitas pessoas e até médicos acabam por não procurar o Centro de Atendimento de Doenças Infectocontagiosas (Cadi) para registrar os casos, às vezes em função da falta de interesse ou, até mesmo, porque nem todos têm conhecimento de que é interessante informar ao Cadi.
     Além disso, ela ressalta que a facilidade dos testes rápidos oferecidos em todos os postos de saúde do município faz com que seja possível identificar em maior quantidade os casos da doença. 'As pessoas estão fazendo os testes e isso faz a gente poder identificar mais rápido', reforça. O teste é realizado por meio de uma pequena coleta de sangue do dedo e o resultado leva cerca de 15 minutos para ser obtido. 'Se der positivo, nós pedimos outros exames de laboratório para verificar a titulação', comenta.

Sífilis congênita preocupa mais
     De acordo com Cristiane, o que mais preocupa o município é a sífilis congênita, porque quando ela se apresenta no bebê, caso não for tratada o mais rápido possível, ele pode ter complicações graves, como surdez ou cegueira, que mesmo após a cura da doença, não podem ser revertidas.
     A enfermeira ressalta que não existe vacina contra a sífilis e que a doença atinge na mesma proporção homens e mulheres. A forma mais eficaz de preveni-la é por meio do uso do preservativo durante a relação sexual. O tratamento, por exemplo, é feito basicamente com penicilina. Os pacientes que são alérgicos à penicilina o fazem com outros tipos de medicamentos.
    Os primeiros estágios da doença apresentam feridas indolores nas genitais, no reto ou na boca. Depois que as primeiras feridas saram, o segundo estágio é caracterizado por erupções cutâneas. Em seguida, os sintomas desaparecem até o estágio final, que pode aparecer anos depois. Este estágio final pode causar danos ao cérebro, nervos, olhos ou coração.

Entenda os tipos
Sífilis congênita: é a sífilis adquirida no útero e presente ao nascimento. Acontece quando uma criança nasce de uma mãe com sífilis primária ou secundária.
Sífilis gestante: como o próprio nome já diz, é quando a doença se manifesta em gestantes. Neste caso, pode haver aborto espontâneo, nascimento prematuro ou morte do feto. A criança também terá sífilis ativa se não for detectada a tempo e, em função disso, pode ter lesões nos olhos, no cérebro ou no coração. As crianças contaminadas podem nascer já com os sintomas da doença ou assintomáticas. Nesse caso, o vírus pode estar presente no organismo vindo manifestar-se mais tarde.

[Fonte:   folhadomate.com]
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