Com Renato, Grêmio esquece 'arte' de Roger e resgata sua 'alma'

Tricolor entra em campo nesta noite na Arena em busca de uma vaga na final da Copa do Brasil


Esporte - 02/11/2016
Grêmio mudou seu estilo com Renato de treinador
Grêmio mudou seu estilo com Renato de treinador - Créditos: Getty
    O Grêmio começou 2016 com uma sequência de projeto. Comandado por Roger Machado, o clube gaúcho chamava a atenção por tentar praticar o famoso futebol "moderno", com boas trocas de passes, posse de bola e um jogo voltado para o ataque.
     Eliminados no Campeonato Gaúcho, na Libertadores e brigando por vaga no então G-4 do Campeonato Brasileiro, os gremistas viveram fase ruim na competição e, após derrota para a Ponte Preta, Roger pediu dispensa de seu cargo.
     Para substituí-lo, o Grêmio resolveu voltar a contar com Renato Gaúcho. A chegada do ídolo da torcida significaria uma grande mudança na forma de jogar. Logo em sua apresentação, o ex-dono da camisa 7 gremista prometeu um time com mais disposição.
     Pouco mais de um mês depois, a equipe azul de Porto Alegre se vê perto de sua primeira final de Copa do Brasil desde que conquistou o título, em 2001. Para chegar à decisão, enfrenta o Cruzeiro, na Arena do Grêmio, às 21h45 desta quarta-feira. Na ida, vitória dos gaúchos por 2 a 0.
     E as esperadas mudanças com Renato aconteceram.
     Nos tempos de Roger, foram 53 jogos em 2016 - 26 vitórias e 14 derrotas. Com um estilo mais ofensivo, o ataque produzia mais (marcou 82 gols), mas a defesa ficava exposta (sofreu 61 gols) - média de 2,69 gols por jogo, contra ou a favor. Além disso, os gremistas ficavam mais com a bola e, assim, trocavam 441 passes por partida - número no Campeonato Brasileiro.
     Com Portaluppi à beira de campo onze vezes, as estatísticas mudaram drasticamente. O setor defensivo, montado por Geromel e Kannemann, se fortaleceu (5 gols sofridos). Do outro lado, porém, o rendimento caiu: o Grêmio balançou as redes adversárias em 9 oportunidades. A equipe também toca menos a bola, já que a estatística caiu para 377 passes por confronto.
     Querendo voltar a levantar uma taça, os gremistas tentam atuar como nos melhores tempos do clube: de forma aguerrida, com a defesa forte e um time mais direto no ataque.
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