Centro de projetos dos caças Gripen é inaugurado em São Paulo

Novo prédio fica no complexo industrial da Embraer, interior de São Paulo, e abrigará os equipamentos de testes para o desenvolvimento do Gripen


Tecnologia - 22/11/2016
O processo de transferência de tecnologia começou com a ida de mais de 100 engenheiros para a Suécia
O processo de transferência de tecnologia começou com a ida de mais de 100 engenheiros para a Suécia - Créditos: Divulgação/FAB
     A Força Aérea Brasileira (FAB) e as empresas Saab e Embraer inauguram, nesta terça-feira (22), o Centro de Projetos e Desenvolvimento do Gripen (GDDN, do inglês Gripen Design Development Network), em Gavião Peixoto (SP).
     O GDDN é o ponto de partida no processo de transferência de tecnologia entre Brasil e Suécia do projeto Gripen NG. O centro é o primeiro dos 60 projetos de offset (compensações de natureza industrial, tecnológica ou comercial), avaliados em US$ 9 bilhões.
     “É o principal projeto em termos de compensação comercial. É por meio desta base [o GDDN] que vamos garantir o desenvolvimento conjunto do Gripen NG com os suecos”, analisa o Coronel Júlio César   Cardoso Tavares, gerente do projeto F-X2 da Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (Copac).
     O novo prédio fica no complexo industrial da Embraer, no interior de São Paulo, onde também é produzido o cargueiro KC-390. Com quase 4mil m² de área construída, o espaço abrigará os equipamentos de testes para o desenvolvimento do Gripen, entre eles o simulador de voo que verifica a funcionalidade dos sistemas. “Todos os testes realizados na Suécia também serão reproduzidos aqui”, explica o Coronel Tavares. “Parte dos ensaios de voos para certificação da aeronave serão feitos no Brasil”.
     O Brasil vai investir US$ 5 bilhões na aquisição das novas aeronaves de alto desempenho. De acordo com a Copac, o projeto pode ser considerado um mecanismo facilitador para que o País avance nesta área tecnológica. “Esse projeto vai permitir que o Brasil tenha autonomia para construir aviões de caça no futuro. É uma facilitação no esforço do País para desenvolver caças de alta performance”, afirma Coronel Tavares.
    Quando estiver em pleno funcionamento, o GDDN deve abrigar cerca de 300 engenheiros e técnicos dedicados à nova aeronave de caça do Brasil, cujas 36 unidades devem ser entregues em cinco anos a partir de 2019. Do total, 23 serão produzidos pela Embraer, sendo 15 totalmente fabricados no Brasil. 

Histórico
     O processo de transferência de tecnologia teve início há um ano, com a ida de mais de 100 engenheiros brasileiros para a Suécia. Até 2024, 350 profissionais participarão de cursos e treinamentos on-the-job no centro de pesquisa nórdico. Neste mês, 20 profissionais do primeiro grupo enviado retornaram. Eles trabalharão no novo centro, onde também atuarão 12 engenheiros da Saab. 
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