Adolescente de 16 anos é presa na França, acusada de preparar atentado

Uma adolescente de 16 anos e outras três pessoas foram presas nesta sexta-feira, em Montpellier, no sul da França. De acordo com as autoridades, elas preparavam um projeto de “atentado iminente” no país


Internacional - 10/02/2017
Prédio onde quatro pessoas foram presas, suspeitas de preparar atentado terrorista. Um dos detidos é uma jovem de apenas 16 anos.
Prédio onde quatro pessoas foram presas, suspeitas de preparar atentado terrorista. Um dos detidos é uma jovem de apenas 16 anos. - Créditos: PASCAL GUYOT / AFP
     A adolescente de 16 anos foi localizada nas redes sociais depois de expressar a vontade de viajar para a Síria ou o Iraque e de cometer um ataque na França. Segundo uma fonte que acompanha a investigação, a polícia ainda não conseguiu determinar o alvo do atentado.
     As mulheres jovens, que com frequência eram ignoradas pelo serviço de inteligência, agora são consideradas potencialmente tão perigosas quanto os homens, sobretudo desde a detenção, em setembro do ano passado, de um comando feminino na periferia de Paris.
    Além da adolescente, os outros três suspeitos de 20, 26 e 33 anos, foram detidos depois de comprar propanona, um líquido que pode ser usado para fabricar artefatos explosivos. "Um dos mentores do grupo já era monitorado pela Direção Geral de Segurança Interna (DGSI)", o serviço de inteligência francês, destacou uma fonte.
     De acordo com os primeiros elementos da investigação, este homem, que está entre os quatro detidos, pretendia detonar uma carga explosiva junto ao corpo. Durante as operações de busca, a polícia encontrou explosivos, propanona, água oxigenada, seringas e luvas de proteção.
     O primeiro-ministro Bernard Cazeneuve lembrou que o "nível de ameaça terrorista continua extremamente elevado" no país.

Ameaça permanente
     A França está em estado de emergência desde os atentados extremistas de 2015 e 2016, que deixaram 238 mortos. O país é um alvo dos jihadistas, em parte porque integra a coalizão que luta contra o grupo Estado Islâmico (EI) na Síria e no Iraque.
     No dia 3 de fevereiro, um egípcio de 29 anos atacou, com um facão em cada mão, militares da galeria do Carrossel do Museu do Louvre, em Paris, aos gritos de "Allahu Akbar" (Alá é grande, em árabe).
     Em depoimento, o egípcio afirmou que desejava "atacar um símbolo da França em reação aos bombardeios da coalizão internacional" na Síria e que pretendia apenas atingir obras no Museu do Louvre, o mais visitado do mundo.
     A França evitou vários atentados ou projetos de ataque nos últimos meses. Em 13 de dezembro do ano passado, o ministro do Interior afirmou que as forças de segurança haviam evitado "ao menos 13 tentativas que envolviam mais de 30 indivíduos", entre eles mulheres e menores, desde o atentado que deixou 86 mortos em Nice, em 14 de julho de 2016.
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