Dia 27 de setembro é o Dia Nacional de Doação de Órgãos e Tecidos, e Garibaldi conta com iniciativas que estimulam a conscientização para este ato de solidariedade. Desde o ano passado, o Hospital Beneficente São Pedro (HBSP) está apto para captar córneas para doação.

O LEO e Lions Clube de Garibaldi, em parceria com o HBSP e Banco de Olhos do Hospital Pompéia, de Caxias do Sul, com apoio da Prefeitura de Garibaldi, realiza uma campanha para estimular a doação. Desde então, 14 captações já foram feitas no município.

A secretária municipal da Saúde, Simone Agostini de Moraes, comemora o engajamento da comunidade. “Parabéns aos garibaldenses que estão entendendo a importância de doar e mudar a vida de quem recebe”, elogia. “Agradecemos, especialmente, os familiares dos doadores pelo belo gesto”.

Em Garibaldi, o procedimento é feito por uma equipe do Banco de Olhos do Hospital Pompéia, que destina os tecidos a quem precisa, conforme determinação da Central de Transplantes do Estado, em Porto Alegre. Há uma lista única de espera. A remoção deve ser feita até seis horas após o falecimento e a técnica cirúrgica não causa deformação no rosto.

Saiba mais sobre a doação de córneas
A córnea um tecido transparente, sem vasos sanguíneos, com superfície lisa e brilhante, que se assemelha ao vidro de um relógio. Tem por função proteger o olho e prover condições óticas ideais para focar uma imagem nítida na retina. Mesmo pessoas com problemas de visão podem ser doadoras, caso as córneas não forem afetadas.

Precisa de transplante quem tem alguma deformidade ou perda da transparência na córnea, impedindo a visão normal, causando deficiência ou cegueira.

Pode ser doadora de córneas toda a pessoa falecida entre 2 e 80 anos de idade, que não apresente infecção generalizada, hepatite (B ou C) ou AIDS, e que sinta a necessidade de ajudar o próximo. Para isso, é essencial manifestar em vida aos familiares a vontade de ser doador.

Doação de órgãos no Brasil
No primeiro semestre de 2017, foi registrado o maior número de doadores de órgãos da história do Brasil. De janeiro a julho, 1.662 famílias que perderam parentes próximos autorizaram a doação, 16% mais que no mesmo período do ano passado. No entanto, o Ministério da Saúde alerta para o alto índice de recusas: 43% das famílias ainda dizem não e muitas vidas deixam de ser salvas.