O que queremos que o Hospital Nova Petrópolis seja para a região? Essa é a pergunta que a direção do Hospital Nova Petrópolis e a diretoria da OASE trouxe em encontro realizado na quinta-feira, 16, em encontro com o prefeito Daniel Rückert, vice-prefeito Luciano Klein, secretários municipais e vereadores no plenário da Câmara de Vereadores.

O diretor administrativo Mateus Zucoloto expôs a situação financeira da instituição. Ela é preocupante. O déficit mensal gira em torno de R$ 68 mil, apesar dos repasses mensais que as Prefeituras de Nova Petrópolis, Linha Nova e Picada Café fazem e das ações da comunidade e dos próprios funcionários para angariar recursos. O principal motivo é a discrepância entre o custo do serviço e o que o SUS paga por ele. “Há exames laboratoriais que nos custem R$ 8,00 e recebemos R$ 2,00”, exemplificou o diretor Mateus Zucolotto. Ele colocou ainda que o Estado tem criado cada vez mais dificuldades com os hospitais menores. Casas de saúde com menos de 50 leitos são “incentivadas” a fechar suas portas. É o caso de Nova Petrópolis. Mesmo que fechar o hospital esteja descartado um primeiro momento, Mateus salientou que os três municípios que compõem a rede precisam pensar coletivamente que serviços o hospital deve prestar a população.

O prefeito Daniel sugeriu, com base na apresentação, que deva acontecer um encontro entre os prefeitos e secretários de Saúde de Nova Petrópolis, Linha Nova e Picada Café para avançar no entendimento e buscar soluções que minimizem essa situação desconfortável. “Os orçamentos das Prefeituras estão cada vez mais enxutos. Então precisamos buscar uma linha de atuação que priorize aquilo que nossa população mais precisa no hospital”, acrescentou. Mateus concordou com o prefeito e se disse aberto, junto com a OASE, entidade mantenedora do hospital, a novos encontros para avançar no debate.